2024 foi ano de celebração na maison francesa: Trinity, uma das linhas mais icónicas, entrou no seu centenário. Um bom pretexto para fazer uma reinterpretação das suas formas.
O ano que passou foi palco de variadas celebrações do centenário da coleção Trinity da Cartier. O anel Trinity, com o seu design icónico com três aros em ouro branco, amarelo e rosa interlaçados, foi a primeira peça da coleção e foi uma criação de Louis Cartier em 1924. Reza a lenda que o escritor-pintor-poeta Jean Cocteau teve um sonho que envolvia os anéis de Saturno e falou nisso a Louis. O joalheiro desenvolveu o conceito ao querer capturar, numa peça de joalharia, a essência das relações humanas e as emoções universais, com uma noção de infinitude e unidade. Nasceu assim o anel Trinity, pleno de simbologia, a começar pelas cores do ouro utilizado: amarelo para lealdade e fidelidade; rosa para amor e cumplicidade; e a pureza do branco para amizade e respeito mútuo. Conta que Cocteau rapidamente adotou o Trinity, usando sempre dois exemplares no dedo mais pequeno da mão esquerda. Mais tarde, Grace Kelly, Romy Schneider e Alain Delon foram alguns dos ilustres que também se renderam ao icónico anel.
Também o número 3, e toda a sua simbologia, está fortemente representado no Trinity. Três anos, três cores. Três irmãos, representantes da terceira geração da família fundadora (Louis, Pierre e Jacques), empenhados em levar a tradição e a inovação da Cartier além-fronteiras. Cada um deles estabeleceu-se numa grande capital – Louis ficou em Paris a espalhar o seu talento; Jacques atravessou o canal da Mancha e encantou os britânicos com o charme francês; e Pierre atravessou o Atlântico e conquistou a cidade que nunca dorme. Nasceram assim as míticas lojas na Rue de La Paix, da Bond Street, e na 5ª Avenida. E, geograficamente separados mas unidos por uma estratégia comum, os irmãos Cartier trouxeram projeção global à sua marca.
Centenário com um twist
Em 2024, a Cartier celebrou a memória dos três irmãos e o centenário destes anéis cheios de significado através de três eventos, precisamente em Nova Iorque (com um jantar no Hotel Chelsea), Londres (com um jantar no Ladbroke Hall de Notting Hill) e Paris (com uma festa para 1000 convidados no Petit Palais, quase em simultâneo. Foram 10 dias de festa em dois continentes, com centenas de convidados, embaixadores e amigos da marca a celebrar os 100 anos desta criação intemporal tão simples e, em simultâneo, tão sofisticada.
A celebração continuou sob a forma de uma exposição efémera inédita que viajou de Xangai para Singapura, passando por Tóquio e por Miami. Nesta mostra imersiva, que se dividia em várias salas, a Cartier apresentou os novos modelos Trinity, com novas formas, volumes, padrões e formas de utilização, multiplicando infinitamente a geometria do Trinity.
Trinity 2025
A homenagem criativa à linha Trinity incorpora agora a pantera, o tigre e a serpente – três animais emblemáticos da fauna da Cartier. Os seus motivos podem ser observados em cada uma das faixas do anel: escamas de réptil no ouro branco; manchas de pantera ou riscas de tigre em laca preta para o ouro amarelo e rosa. Um subtil exercício de estilo que se estende também às formas de cada banda, que surgem as três diferentes: onduladas para a serpente, piramidais para o tigre e arredondadas para a pantera.
Todos os motivos de laca preta são aplicados à mão e as versões em pavé utilizam uma técnica especial que consiste em orlar os anéis de ouro rosa e ouro amarelo com um acabamento de “mil linhas”, numa série de pequenos cortes cinzelados à mão.
Estas versões selvagens e multifacetadas de Trinity apresentam de forma lúdica novas formas de usar este anel, seja em dois dedos, seja como brinco. Peças impactantes e atrevidas que conectam as grandes referências criativas da maison francesa.
Três diferentes aros, mais ângulos. Este é o repto para a forma cushion de Trinity, de aspeto quadrangular, interpretada pelos estúdios de design da maison, em que os aros angulosos deslizam uns sobre os outros com a mesma fluidez da versão redonda. Não satisfeita apenas com o anel, a Cartier multiplicou o impacto desta abordagem geométrica da Trinity em dois novos colares e uma pulseira que unem os aros em forma de cushion com pequenos e preciosos elos. Todos eles se adaptam, concebidos em tamanhos variados, dos mais pequenos aos maiores.
Já o colar XL desta coleção, inteiramente montado à mão, elo por elo, exibe uma aritmética preciosa e ultra-gráfica por todo o pescoço. O formato cushion é também realçado por anéis semi-pavé e um pendente semi-pavé com diamantes.
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