A exposição é concebida como uma ampla constelação de 84 portugueses e artistas estrangeiros, contemporâneos de Vieira da Silva e Arpad Szenes ou não, cujas obras dialogarão entre si num espaço partilhado e plural. A programação reflete aquilo a que poderíamos chamar pensamento têxtil, tão característico da obra de Maria Helena Vieira da Silva ao longo da sua produção artística.
Inspirado na origem do local onde Vieira da Silva quis a instalar a sua Fundação – a antiga fábrica de tecidos de seda e a sua envolvente –, bem como na sua função específica na economia manufatureira (nesta fábrica aprendia-se o métier da fiação) –, o programa nasceu da ideia de metamorfose e da solidariedade e independência entre as espécies, propondo novas leituras dos universos artísticos de Vieira e Arpad.
Para fazer isso, o Museu reúne outros artistas, poetas e músicos, bem como historiadores de arte, filósofos, teólogos, biólogos, arquitetos e outros, para tecerem diálogos com as obras e o espaço. O nome, 331 amoreiras, deriva das 331 árvores que o Marquês de Pombal mandou plantar na zona, quando, entre 1760 e 1770, avançou com um plano de renovação urbana da cidade após o grande terramoto de Lisboa. As fábricas de seda foram construídas nessa altura e rodeadas de amoreiras, dando origem à zona que ainda hoje conhecemos como Amoreiras.
A exposição terá a duração de 14 meses, divididos da seguinte forma:
- I – O Tecido do Mundo – 20 Novembro a 9 Fevereiro
- II – Uma Lacuna Estreita – 13 Fevereiro a 4 Maio
- III – Histórias de Bichos-da-Seda – 8 Maio a 13 Julho
- IV – Notas sobre a Melodia das Coisas – 17 Julho a 28 Setembro
- V – Ascensão: Em direção à Luz – 2 Outubro a 31 Dezembro
A celebração do 30º aniversário apresentará também as novidades do Museu, identidade visual e loja, desenhada pelos designers portugueses Pedro Falcão e Fernando Brízio, respetivamente.
Praça das Amoreiras, nº56, Lisboa
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