Telmo Santos comanda o bar Kikubari como quem mistura precisão com improviso. Não gosta de peixe, adora gomas — e, se pudesse, convidava Astérix para jantar.
Chama-se Telmo Santos, tem 28 anos e assina os cocktails do Kikubari, no restaurante Kabuki, em Lisboa. Estudou mecatrónica — essa engenharia que junta mecânica, eletrónica e computadores — mas acabou por trocar os circuitos pelo shaker. Ainda bem. Hoje, prepara cocktails com a precisão de um robô e a criatividade de um alquimista.
Não gosta de peixe, tem gomas na mesa de cabeceira e uma queda por ténis de luxo. Se pudesse convidar alguém para jantar, escolhia Astérix. Faz sentido: também ele se alimenta de fórmulas secretas. A sua? Misturar clássicos com ingredientes asiáticos, respeitando a tradição mas sempre com um twist. A cada seis meses, muda a carta quase toda — só sobrevivem os favoritos do público.
Gastou três ordenados em férias, organiza eventos com a Macallan e tem um guilty pleasure assumido: compras. Nada disto o impede de manter um hábito de que se orgulha — querer sempre melhorar. Mesmo que, às vezes, não consiga parar de falar.
Sem ser cocktails, que prato pedia se estivesse no corredor da morte?
Um guilty pleasure?
Um ícone de estilo.
David Beckham
Restaurante da vida?
Alchemist Copenhagen
Bebida que o define.
Personagem que convidava para jantar?
Astérix
Faz alguma coleção?
Sim, de ténis.
Música que seja a banda sonora da sua vida?
Pirates of the Caribean
Qual a maior extravagância que já cometeu?
Gastar 3 ordenados numas férias.
Qual foi a última coisa que o deixou boquiaberto?
O que tem sempre na mesa-de-cabeceira?
Algo que toda a gente adora, mas que não suporta.
Se pudesse dominar uma única arte instantaneamente, qual seria?
Um hábito de que se orgulha – e um de que não se orgulha nada.
Orgulho-me em querer melhorar constantemente, não me orgulho de não conseguir parar de falar nos mais diversos momentos.












