Com uma nova série de colaborações e um livro publicado pela Rizzoli, a Dior celebra dez anos de reinvenções artísticas da Lady Dior — transformada, uma vez mais, em tela e manifesto.
Nem todas as obras de arte estão nas paredes de um museu. Algumas cabem na mão, fazem-se transportar no braço e exigem — como as outras — tempo, criatividade e técnica. A Lady Dior, nascida nos ateliers da maison e elevada a ícone pelas mãos de Lady Diana, princesa de Gales, é exemplo disso. Há quase uma década, tornou-se veículo de expressão artística: um terreno de liberdade criativa, cuidadosamente orquestrado, onde cada artista desconstrói e recria um objeto clássico.
É essa viagem — entre herança e ruptura, forma e gesto — que a Dior celebra com a 10.ª edição da Dior Lady Art. Projeto lançado em 2016, que confere carta branca a artistas de várias geografias para reinterpretar a emblemática carteira Lady Dior segundo o seu universo visual pessoal. Para marcar este aniversário, a maison apresenta dez novos contributos internacionais e lança um livro comemorativo, editado pela Rizzoli.
Entre os artistas convidados estão Jessica Cannon, Patrick Eugène, Eva Jospin, Lakwena, Sophia Loeb, Inès Longevial, Marc Quinn, Alymamah Rashed, Ju Ting e Lee Ufan. O resultado é uma coleção plural onde técnicas artesanais se encontram com texturas inesperadas, cores intensas ou serenidade plástica.
Aos nomes internacionais que há uma década têm vindo a recriar a Lady Dior soma-se uma presença docemente simbólica para nós: a artista portuguesa Joana Vasconcelos participou da quarta edição do projeto, em 2019, criando uma Lady Dior onde o coração encarnado, iluminado por centenas de LEDs, simboliza amor, paz e tradição popular lusitana — referência ao coração de Viana do Castelo. A peça surgiu como síntese da poesia popular e da irreverência contemporânea.
No entanto, ao contrário do que aconteceu na 9ª edição da Dior Lady Art, este ano não será possível ver as carteiras ao vivo na boutique de Lisboa. A exposição itinerante com as novas interpretações seguirá por outras capitais, deixando desta vez Lisboa fora do circuito.
O projeto confirma-se como espaço de convergência entre disciplinas — artes plásticas, escultura, design, moda — e entre artistas emergentes e consagrados: a casa torna-se curadora e anfitriã de um laboratório criativo de alcance global.
Além das peças produzidas, o livro agora anunciado traz fotografias das edições anteriores, bastidores, entrevistas e textos críticos que exploram o gesto criativo por detrás das carteiras. É uma edição concebida para registar a inquietação estética que tem marcado a sua evolução ao longo desta década.
Com esta 10.ª edição, a Lady Dior reafirma o seu estatuto como manifesto vivo de reinvenção criativa.
Avenida da Liberdade, nº 192-A, Lisboa
Tel.: +351 210 498 510

















