Malta convida a um mergulho na história. Entre destroços de navios e aviões, há séculos de memórias submersas à espera de serem exploradas.
Entre os naufrágios mais impressionantes, destaca-se o Um El Faroud, um petroleiro de 10 mil toneladas afundado em 1998 após uma explosão. Hoje, repousa a cerca de 25 metros de profundidade, ao largo de Wied iż-Żurrieq, e é habitat de lulas, atuns e barracudas — e de muitas histórias.
Mais a norte, ao largo de Qawra Point, encontra-se o Imperial Eagle, ferry que ligava Malta a Gozo desde os anos 30. Com 45 metros de comprimento e 42 de profundidade, foi transformado em recife artificial e tornou-se morada de uma estátua de 13 toneladas de Jesus Cristo, ali colocada no ano 2000 para proteger pescadores e mergulhadores.
Entre os tesouros da Segunda Guerra Mundial, sobressaem o HMS Maori, contratorpedeiro britânico atingido por bombardeiros alemães em 1942, e os restos mortais de dois aviões lendários: o Bristol Beaufighter, que defendeu Malta dos ataques do Eixo, e o Blenheim, bombardeiro ligeiro que amarou no mar após uma missão na Grécia. Sobreviveram os pilotos. E a memória, que ali permanece, à espera de quem a saiba procurar.
Mas nem só de mergulho se faz a viagem. Malta guarda 7 mil anos de história, vestígios arqueológicos classificados pela UNESCO e locais onde foram filmadas superproduções como Tróia, Gladiador, O Conde de Monte Cristo ou A Guerra dos Tronos. O cenário é real, mas parece tirado de um guião — e talvez seja por isso que tantos cineastas ali voltam, uma e outra vez.
Ao cinema junta-se o clima: mais de 300 dias de sol por ano e apenas duas horas de voo a partir de Portugal. Neste berço de naufrágios e lendas, cada mergulho é também uma imersão no tempo. E cada viagem, um argumento à espera de ser filmado.
Atividade: Mergulho em naufrágios
Melhor altura para visitar: Todo o ano (visibilidade excecional, temperaturas amenas)
Recomendações de mergulho: Um El Faroud, Imperial Eagle, HMS Maori, Bristol Beaufighter, Bristol Blenheim
Outros atrativos: Sítios arqueológicos UNESCO, paisagens cinematográficas, gastronomia mediterrânica

















