A Vinile reinterpreta ícones do passado com mestria italiana. O primeiro: Range Rover Classic, luxuoso, tecnológico e feito à mão. Apenas 15 unidades. Um clássico com alma nova.
No coração de Maranello, a mesma terra que faz pulsar o sangue da Ferrari, nasce uma marca disruptiva que não se limita a revisitar o passado — reinterpreta-o com arrojo, sofisticação e uma visão contemporânea. Chama-se Vinile, uma casa italiana de design automóvel que se propõe a “remasterizar” ícones de outras eras com a mesma filosofia com que se reeditam grandes álbuns da história da música: mantendo a essência, ampliando a experiência.
Criada por três empresários com décadas de know-how na indústria automóvel, e apoiada por uma estrutura de engenharia e produção que inclui técnicos vindos da aviação e da competição automóvel, a Vinile nasce como um novo conceito de luxo: exclusivo, feito à mão, e assente em valores de tradição e inovação — com o selo inconfundível do Made in Italy.
Range Rover Classic, uma obra-prima
O primeiro projecto da marca é tudo menos tímido: uma reinterpretação do Range Rover Classic, um dos veículos mais icónicos de sempre, que, quando foi lançado em 1970, criou praticamente sozinho o conceito de SUV de luxo. A proposta da Vinile não é um simples restauro. É um renascimento. Limitado a apenas 15 exemplares, este Range Rover é pensado como uma peça de coleção, mas com alma e potência para percorrer estrada e história.
A carroçaria mantém-se fiel às linhas clássicas, mas ganha uma silhueta mais limpa, detalhes metálicos trabalhados à mão, novos elementos aerodinâmicos e apontamentos como o friso preto brilhante com detalhes amarelos — uma homenagem subtil às versões modernas da marca britânica. As ópticas LED, o difusor traseiro, as jantes de design côncavo e a nova postura (menos “sentada” na traseira, mais neutra) conferem-lhe presença e atualidade sem ferir o ADN original.
Um salão sobre rodas
Se o exterior encanta, o interior surpreende. A Vinile quis criar um verdadeiro salão de luxo itinerante. Para isso, recorreu a 45 m² de pele da prestigiada casa Baxter, usada em assentos, painéis, tabliê, consola e até nos arcos das rodas. Tudo combinado com madeira sólida de choupo, trabalhada de forma escultural, evocando os detalhes de interiores de iates ou residências.
Mas a sofisticação não se faz apenas de materiais nobres. A tecnologia está presente de forma integrada: um ecrã táctil HD de 10,1”, sistema de som topo de gama com amplificadores Rockford e colunas Focal, comandos inspirados na aviação com interruptores no tejadilho, luz ambiente personalizável, carregamentos USB (tipo B e C) e integração total com Apple CarPlay e Android Auto.
Uma curiosidade deliciosa: a chave, em metal sólido com acabamento tipo vinil, ativa uma sequência de ignição em três passos, ao estilo helicóptero. E o relógio? É o do próprio dono, encaixado num compartimento dedicado no tabliê, transformando o seu pulso num marcador do tempo da máquina.
O luxo como arte e engenharia
Com um preço base de 280 mil euros, antes de qualquer personalização, cada unidade exige mais de 2.100 horas de trabalho artesanal. O primeiro exemplar foi revelado em abril, durante a Semana de Design de Milão, com uma combinação ousada: carroçaria verde metálico com tejadilho preto brilhante, interiores em pele Bo.Hemian Choco, Savana e Kashmir Menthe, e madeira de choupo branca.
Mas este é apenas o começo. A Vinile já prepara novas reinterpretações — e não só no universo automóvel. O objetivo? Tornar-se uma referência na reinvenção de ícones do passado com olhos postos no futuro. Uma marca que não só remasteriza o design, mas também a forma como vivemos e sentimos o luxo.
















