A coleção Dior Cruise 2025 inspirou-se na resiliência de Mary Stuart, Rainha da Escócia, e no imaginário renascentista do countryside escocês. As fotografias são de Sam Copeland.
Tempos conturbados viram nascer Mary Stuart. A princesa que aos seis dias de vida foi proclamada rainha – após a morte do pai, Jaime V da Escócia – foi apanhada nas malhas da política e religião da época, com o reino dividido entre a igreja católica e a protestante. Recém-nascida, impossibilitada de reinar, foi educada em França, ficando a Escócia governada por regentes. A matemática do poder fez dela prometida de Eduardo VI, filho de Henrique VIII, mas após uma reviravolta Mary acabou rainha consorte em França, ao casar com Francisco II. O casamento – e a aliança – foram de pouca dura: Francisco morreria um ano depois. Mary regressaria, então, à Escócia, de onde tinha saído aos cinco anos sem experiência nos meandros da política interna. Muitos súbditos olhavam-na com desconfiança, por ser católica.
Com a morte de Eduardo VI, subia ao poder em Inglaterra a rainha Isabel I, eterna rival de Mary Stuart, que muitos acreditavam ser a legítima herdeira do trono por ser descendente dos Tudor. Rapidamente a corte tentou fazer de Mary moeda de troca na balança do poder, promovendo novos casamentos de conveniência. Mas Mary acabaria por voltar a casar, apaixonada, com o seu primo direito Henrique Stuart, Lorde Darnley, também ele candidato ao trono inglês. Não foi uma união feliz, embora tenha dado frutos, o príncipe Jaime. Henrique acabou assassinado, pouco mais de um ano depois de casar, deixando o caminho livre para mais uma escalada de poder, desta feita pelo principal suspeito do seu assassinato, Jaime de Hepburn. Este último foi o terceiro e último marido de Mary, constando que a obrigou a casar depois de a ter raptado. Mary foi obrigada a abdicar do trono a favor do filho, Jaime, sendo depois presa, julgada e condenada à morte pelo suposto envolvimento na morte do marido, para satisfação de sua prima Isabel. Foi decapitada em Fevereiro de 1587, deixando a memória da sua beleza e inteligência, bem como a sua resiliência.
Resistência essa que inspirou a coleção Dior Cruise 2025. Não faltam, por isso, neste editorial, laivos de romantismo gótico e impulsividade punk que ganham vida em caudas volumosas, saias de tafetá, vestidos bordados e o eterno tartan – presente nos kilts, nos blazers ou nas calças – sublimados pelas carteiras Lady Dior e New Bobby e as botas de combate, a reforçar a atitude desafiante. Tudo com o savoir-faire a que a Dior já nos habituou.
Avenida da Liberdade, nº85, Lisboa
Telefone: +351 302039325
De segunda a sábado das 10h00 às 20h00
Domingos das 12h00 às 20h00











