Na Costa do Marfim, o luxo está na autenticidade. A nova viagem da Pinto Lopes Viagens é uma imersão no património cultural e humano de um destino que agora renasce.
A viagem à Costa do Marfim é acima de tudo uma lufada de ar fresco, longe do turismo massificado com as suas praias tropicais e parques nacionais intocados pelo desenvolvimento excessivo. Com relatos de golpes de estado, guerras civis e instabilidade prolongada, os turistas e viajantes há muito que tendem a ignorar este destino. Mas a verdade é que o país emergiu do seu passado doloroso e almas intrépidas estão a começar a descobrir os seus encantos. É um país realmente encantador: das praias imaculadas cercadas por ruínas coloniais, terras altas de temperaturas baixas, lar de cascatas que convidam a caminhadas; florestas profundas e escuras onde se ouve o chamado dos macacos e onde misteriosas pontes entrelaçadas surgem da noite para o dia.
Mas é a cultura que nos vai realmente surpreender. É incrível pensar que neste país com pouco mais de 31 milhões de habitantes, existem mais de 60 grupos étnicos, sendo a maioria os Akan, que vivem principalmente nas regiões leste e central do País. Os Baoulé são o maior subgrupo do povo Akan, e iremos aprender sobre sua herança em Bouaké o seu histórico lar. No Norte iremos encontrar nómadas Fulani em busca de pastos; os Malinké, descendentes do poderoso Império Mali; e os Senufo, cuja antiga capital, Korhogo, é um lugar fantástico para se observar o trabalho dos artesãos.
A Costa do Marfim é uma nação de artistas e, por todo o país encontramos artesãos talentosos como joalheiros, tecelões, ferreiros, oleiros, entalhadores que aperfeiçoam as suas criações usando métodos inalterados há séculos. O maior exemplo é a tribo Dan, que constrói pontes com videiras vivas, uma perícia que utiliza técnicas ancestrais. Os moradores de diferentes grupos étnicos executam danças vibrantes, não apenas como ato de celebração, mas também como lamento. Iremos testemunhar ou até participar em cerimónias tribais, como a dança das máscaras Senufo, ou uma rara apresentação de jograis num assentamento Guere. A dança é uma parte fundamental da cultura do País e é usada para celebrar nascimentos, casamentos e boas colheitas, mas também para lamentar o falecimento dos mortos.
Qualquer viagem exige uma experiência gastronómica. Aqui a cozinha local incorpora tradições francesas com técnicas e ingredientes da África Ocidental, transformando qualquer prato numa fabulosa aventura culinária. Do “attiéké”, a sêmola de mandioca ligeiramente azeda que acompanha o peixe e a carne com um molho, ao “kedjenou”, um guisado apimentado preparado com frango ou galinha e acompanhado de “foutou”, um bolinho de mandioca amassado; e “poulet braisé”, proporcionam uma gastronomia singular, rica e diversificada.
Uma viagem com um início na vibrante metrópole de Abidjan, cujo ar transborda com reggae e jazz, mas também afrobeat e o inovador coupé–decalé, um estilo e movimento musical que evoluiu durante a longa guerra civil, terminando na capital política mais deserta do mundo, Yamoussoukro. Uma jornada cultural; repleta de dança, arte, gastronomia e interação com as comunidades onde poderemos aprofundar e viver a sua cultura.
Viagem a África, um continente de potencial inexplorado
Nunca nos podemos esquecer que o continente africano é o berço da humanidade. Os primeiros antepassados habitaram África e pensa-se que estes primeiros humanos, tornaram-se os primeiros exploradores à medida que se espalhavam para o Norte de África, Médio Oriente e, eventualmente, para o resto do mundo.
Tal como estes primeiros humanos, os portugueses no séc. XV, através do príncipe Henrique, também começaram a explorar África. Com isto em mente, a Pinto Lopes Viagens acredita no potencial que este continente por vezes ignorado, pode proporcionar, em especial pelo facto de inúmeros países ainda não se encontrarem nas tradicionais rotas turísticas.
Como qualquer viagem, esta exigiu uma cuidada preparação e uma prévia viagem de prospeção, de forma a percebermos com exatidão o potencial do destino bem como as suas limitações. A seleção criteriosa dos alojamentos e locais para as refeições, mas também as experiências culturais que pretendemos aportar e quais os museus ou monumentos que devem ser considerados. Todos estes detalhes não seriam possíveis sem uma visita in loco de forma a sentir e até viver o destino.
Surpreendentemente, deparei-me com um povo com uma cultura rica, repleta de fascinantes tradições e onde não faltou uma receção calorosa por parte dos Costa Marfinenses. Visitei aldeias remotas, mercados movimentados e artesãos de tecidos kente. Testemunhei incríveis e animadas danças tribais, descobri os impressionantes edifícios sagrados Niofoin, contactei com os povos das tribos Senoufo, Baule e Dan. Deixei para último as apetecíveis praias de areia dourada de Grand Bassam, a antiga capital colonial francesa.
Uma viagem de cores, música e segredos de um país fascinante.
Tiago Gonçalves, guia na Pinto Lopes Viagens







